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Ele viu e acreditou

Querido e Querida jovem, hoje é um dia de grande alegria. É o dia da Páscoa do Senhor. Naquilo que parecia um fim, uma total ausência, eis que surge uma Luz, uma Novidade, uma Vida nova. “O silêncio permite transformar a morte em vida”. A pedra é removida. A pedra que impede a vida de fluir. Há muitas pedras na entrada do nosso coração, travando a vida (tristeza, fracasso, crise, trauma…); só a experiência de encontro com o Ressuscitado pode rolar estas pedras, integrando-as e dando um novo significado. A experiência de Ressurreição permite transformar a pedra da entrada do túmulo em Pedra angular. O caminho de Madalena em direção ao túmulo é símbolo da coragem de atravessar o escuro da madrugada para ver resplandecer uma nova aurora em sua vida, pela força criadora da única Presença que tudo sustenta, tudo recria e enche de amor: a presença do Cristo Ressuscitado.

 

Texto Bíblico | João 20, 1-9

No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus, bem de madrugada, quando ainda estava escuro, e viu que a pedra tinha sido retirada do túmulo. Então ela saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus amava, e lhes disse: ‘Tiraram o Senhor do túmulo, e não sabemos onde o colocaram.’ Saíram, então, Pedro e o outro discípulo e foram ao túmulo. Os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa que Pedro e chegou primeiro ao túmulo. Olhando para dentro, viu as faixas de linho no chão, mas não entrou. Chegou também Simão Pedro, que vinha correndo atrás, e entrou no túmulo. Viu as faixas de linho deitadas no chão e o pano que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não posto com as faixas, mas enrolado num lugar à parte. Então entrou também o outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo. Ele viu, e acreditou. De fato, eles ainda não tinham compreendido a Escritura, segundo a qual ele devia ressuscitar dos mortos.

 

Reflexão | Papa Francisco (Domingo de Páscoa 2018)

Depois da escuta da Palavra de Deus, deste trecho do Evangelho, quero dizer três coisas.

Primeiro: o anúncio. Está ali um anúncio, o Senhor ressuscitou! Aquele anúncio que, desde os primeiros tempos dos cristãos, corria de boca em boca; era a saudação: o Senhor ressuscitou! E as mulheres, que foram ungir o Corpo do Senhor, depararam-se com uma surpresa. A surpresa… Os anúncios de Deus são sempre surpresas, porque o nosso Deus é o Deus das surpresas. Foi assim desde o início da história da salvação, desde o nosso pai Abraão, Deus surpreende-te. Deus não sabe fazer um anúncio sem te surpreender. E a surpresa é aquilo que comove o teu coração, que te toca precisamente ali, onde não esperas. Usando a linguagem dos jovens, a surpresa é um “golpe baixo”; não a esperas. E Ele vem e comove-te. Primeiro: o anúncio que se torna surpresa.

Segundo: a pressa. As mulheres correm, vão às pressas e dizem: “Mas encontramos isto!”. As surpresas de Deus põem-nos a caminho, imediatamente, sem esperar. E assim correm para ver. E Pedro e João correm. Os pastores, naquela noite de Natal, correm: “Vamos a Belém, para ver aquilo que nos disseram os anjos”. E a Samaritana corre para dizer à sua gente: “Esta é uma novidade: encontrei um homem que me disse tudo o que eu fiz”. E as pessoas sabiam o que ela tinha feito. […] Também hoje acontece. Nos nossos bairros, nos povoados, quando acontece algo extraordinário, as pessoas correm para ver. Ir depressa. André não perdeu tempo e, às pressas, foi ter com Pedro para lhe dizer: “Encontramos o Messias”. As surpresas, as boas notícias, dão-se sempre assim: depressa.

O anúncio-surpresa, a resposta apressada e a terceira coisa que gostaria de vos dizer hoje é uma pergunta: e eu? Tenho o coração aberto às surpresas de Deus, sou capaz de ir apressadamente ou estou sempre com aquela choradeira: “Mas, verei amanhã, amanhã, amanhã?”. O que me diz a surpresa? João e Pedro foram às pressas ao sepulcro. De João, o Evangelho diz-nos: “Acreditou”. Também de Pedro: “Acreditou”, mas à sua maneira, com uma fé misturada a remorso por ter renegado o Senhor. O anúncio que se faz surpresa, a corrida/ir às pressas, e a pergunta: e eu, hoje, nesta Páscoa, o que faço? E tu, o que fazes?

 

Pontos para Oração

Quais realidades são pedras em minha história, isto é, que precisam ser removidas para que possamos reconhecer a Presença do Ressuscitado?

Qual personagem bíblico te chamou mais atenção?
Qual cena bíblica te fez rezar a tua vida? Por qual razão?

Quais frutos posso colher desta oração? De que maneira esta experiência pascal nos impulsiona a renovar a esperança, a fé e amor aos irmãos e irmãs?

 

Oração de Santo Inácio

Tomai, Senhor, e recebei
toda a minha liberdade,
a minha memória também
o meu entendimento e toda a minha vontade.
Tudo o que tenho e possuo
Vós me destes com amor:
Todos os dons que me destes, com gratidão vos devolvo;
disponde deles, Senhor, segundo a Vossa vontade.
Dai-me somente o vosso amor, a vossa graça.
Isto me basta, nada mais quero pedir.

 

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