O Centro MAGIS Inaciano da Juventude acolheu a atividade, que encerrou o ciclo do semestre 2019.1 das experiências de média duração do Eixo Voluntariado e Inserção Sociocultural.

“Crer num projeto absurdo Crer,
coisa de outro mundo

Ver muito além da fronteira”
Grupo OPA – Oração Pela Arte

 Desde julho de 2017 o Programa MAGIS Brasil iniciou a modalidade de média duração do Eixo Voluntariado e Inserção Sociocultural. Nessa experiência, os jovens participantes se dedicam ao serviço voluntário durante seis meses ou um ano.

Junto aos demais eixos que compõem o Programa MAGIS, o voluntariado deseja oferecer  aos e às jovens experiências transformadoras, marcadas pela gratuidade e pelo desejo de abraçar a “Igreja em saída”, acolhedora, com o rosto jovem e disponível para em tudo amar e servir.

Em Boa Vista-RR, dois jovens atuaram junto ao Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados (SJMR). Renan Sousa (Fortaleza-CE) e Miguel Agurto (Lima-Peru), se somaram à equipe do SJMR no serviço de acolhimento e acompanhamento aos e às migrantes que chegam à capital de Roraima. Para Miguel, foi marcante, na experiência, “compreender o que é conviver com os pobres e pequeninos, fazer-se pobre e colaborar, mesmo que minimamente, para a transformação das diferentes realidades de miséria confrontadas”.

A jovem Sandra Pina (Ananindeua-PA) e o jovem Lucas Miranda (Santarém-PA) foram acolhidos pelo Centro Magis Inaciano da Juventude, em Fortaleza, onde se dedicaram ao trabalho junto à Pastoral do Povo em Situação de Rua e à Pastoral do Migrante. Sandra partilhou que “o voluntariado proporcionou uma compreensão mais profunda do que é o ver Deus em todas as coisas”. Segundo a jovem, sentir com o outro e colocar-se no lugar daqueles que mais precisam é um desafio e também uma exigência para quem deseja fazer uma experiência autêntica de voluntariado.

O Centro MAGIS Amazônia (CMA) acolheu as jovens Suziane Brito (Manaus/AM) e Sabrina Mosena (Barão/RS), cuja experiência ainda está em andamento, pois ficará por mais seis meses enquanto voluntária na capital paraense. As jovens realizaram ações junto ao Centro Alternativo de Cultura (CAC), obra da Companhia de Jesus que desenvolve ações na área de educação popular e no próprio CMA.

Para o irmão Davidson Braga, sj, diretor do Centro Magis Amazônia, “o projeto de voluntariado de média duração tem sido fundamental na elaboração e revisão dos projetos de vida de jovens que acompanhamos. Aproveitam muito a experiência e levam adiante a construção de um mundo melhor, mais justo e fraterno.”

Renan Sousa ressaltou que “ser voluntário é colocar à disposição de quem mais precisa aquilo que você pode oferecer de melhor, de forma gratuita e generosa”. Para o jovem, “estar em uma realidade diferente, conhcer novas pessoas e enfrentar novas dificuldades foi um grande aprendizado”. Lucas Miranda partilhou que a experiência foi um divisor em sua vida, pois “exigiu coragem e desapego, o que gerou certo medo, inicialmente”, contudo, completou o jovem, “a aproximação com as pessoas, a acolhida nas pastorais e a convivência com os demais jovens, fez crescer a esperança e o desejo de estar a serviço”.

Segundo Evenice Neta, coordenadora do Eixo Voluntariado e Inserção Sociocultural,  o  Voluntariado MAGIS “acontece nas fronteiras, sejam elas geográficas, econômicas, sociais ou existenciais; acontece onde outros não querem ou não podem ir. Além disso, é sua característica o acompanhamento personalizado e a incorporação da pedagogia e espiritualidades inaciana em todo o processo, capaz de acolher a cada jovem desde as suas necessidades, limites e potencialidades”.

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